quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Resumo do Natal

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24 de Dezembro, 23h15m. Final da Missa do Galo. Frio de rachar.
Mais ponto, menos vírgula:
Sr. Padre: – “E agora vamos ao tradicional cumprimento à imagem do Menino Jesus. Podem escolher uma de entre três formas de prestar homenagem ao Menino: fazer uma vénia diante da imagem, beijar os dedos e depositar o beijo na imagem ou podem ainda beijar directamente a imagem com os lábios.”
Fila de pessoas para o beija-Menino.
Viro-me para a Joana: – “E tu, já escolheste a tua forma de cumprimento?”
Joana: – “Sim.”, exemplificando o formato 'vénia'. – “A cabeçada.”

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Resumo da semana

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Sacos médios, sacos grandes, laços pequenos, laços grandes, sandes, ensaio, dor de cabeça, embrulhos, manteigueiras, caixas, protocolos, listagens, ensaio, caixas, presentes, agendas, calendários, caixotes, sacos, etiquetas, listas, embrulhos, sacos, laços, mantigueiras, manteigueiras, manteigueiras, caixotes, sacos, sandes, ensaio, agendas, laços, embrulhos, sacos, dor de cabeça...

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Ausência

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No céu o assombro do azul e a luz
A precipitar-se na sua transparência.
Também a música harmoniza o dia dourado
A caminho de uma misteriosa serenidade.
O crepúsculo envolve-se nesta oscilação
E a memória regista todos os silêncios
E estes excessos numa caligrafia imprecisa.
E, no entanto, sigo o caminho da
Tua ausência, algures…



terça-feira, 5 de dezembro de 2006

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

Tiny tears

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Tiny tears make up an ocean
Tiny tears make up a sea
Let them pour out, pour out all over
Don't let them pour all over me

Quinta-feira, 30 de Novembro de 2006. A voz do amigo Stuart voltou a encher-me a alma. Houve quem preferisse ver o jogo... Enfim. O resto da noite compensou a ausência.

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

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The only true freedom is freedom from the heart's desires
And the only true happiness ... this way lies"

Matt Johnson, 1992.


Foi o ano em que nos conhecemos, sabes? Tu és a única pessoa que, quando estás, não me ocupas espaço. Mas quando não estás, nota-se.

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Estação

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Esperar ou vir esperar querer ou vir querer-te
vou perdendo a noção desta subtileza.
Aqui chegado até eu venho ver se me apareço
e o fato com que virei preocupa-me, pois chove miudinho.

Muita vez vim esperar-te e não houve chegada.
De outras, esperei-me eu e não apareci
embora bem procurado entre os mais que passavam.
Se algum de nós vier hoje é já bastante
como comboio e como subtileza
Que dê o nome e espere. Talvez apareça.

Mário Cesariny
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Sabes quando sentes que tens a vida em stand-by e não sabes onde está o botão do play?
Sabes quando tens vontade de dizer alguma coisa, mas calas-te porque achas que não te vão ouvir?
Sabes quando tens vontade de ver aquela pessoa, mas não a procuras porque preferes esperar que seja ela a procurar-te a ti?
Sabes aquela vontade de ir até ao fundo das coisas, mas ficas-te pela superfície?
Sabes quando tens a cabeça cheia de palavras, mas ficam todas presas no coração?
Ainda bem que hoje está sol.

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

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"Há um açúcar em ti que nunca se dissolve… e a ternura é aquilo que chamamos ao calor do peito quando o tempo pára e a vida e a morte, o sono e a vigília, o sonho e a inteligência das coisas se misturam."
Obrigada.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

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Horas, horas sem fim,
pesadas, fundas,
esperarei por ti
até que todas as coisas sejam mudas.

Até que uma pedra irrompa
e floresça.
Até que um pássaro me saia da garganta
e no silêncio desapareça.

Eugénio de Andrade

Mundo à parte...

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Há dois assuntos sobre os quais dificilmente se encontrarão aqui referências: futebol e política. Porque este página só trata de assuntos com interesse.
Para mim, claro...
Aqui sou eu que mando, ninguém me elegeu para isso nem me pagam uma pipa de massa para acertar com uma palavra entre dois travessões.
Aqui sou eu a ditadora e o árbitro (com algumas tentativas de golpes de estado e de penalties da pequenina).
Aqui sou eu que decido quando começa o jogo e quando acaba o debate.
O meu apito não é dourado, é prateado, da Sportzone.
O meu saco não é azul, é castanho, da Nike.
Aqui é o Mundo de Peixes. Como o Cutty Sark: um mundo à parte...
Indefinível, desconexo, desorganizado, caótico. Perfeito. Limpem o espírito antes de entrar. E não batam a porta com força.
Era só para avisar...

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

As poderosas

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E não me venham com as histórias do pedalar para não chegar a lado nenhum. Só quem nunca experimentou é que não sabe. E não negue uma ciência que desconhece.

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Qualquer semelhança com a ficção é pura realidade

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As manas mudaram de visual. O resultado foi este.

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Porque também somos aquilo que perdemos

"quantas vezes apostaste a tua vida?
apostei a minha vida mil vezes.
perdeste tudo?
sim, perdi sempre tudo."

José Luís Peixoto, a criança em ruínas, ed. quasi, 2003.

s/ título (na verdade, o conto chama-se "O bico", mas não me soa bem...)

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“Há uma igrejinha na montanha que está toda em ruínas, mas nunca cai embora esteja num vale para onde as avalanchas correm a grande velocidade.
O pedreiro que a construiu conhecia todas as maldades da montanha e pôs a igreja de través, de modo que quando chegavam os aludes de neve batessem contra o bico virado para o lado dos montes. Assim a avalancha separava-se em duas e deslizava ao longo dos flancos da igreja para ir morrer ao longe.
As paredes resistiram até agora, mas a vontade de vir cá acima ver a Nossa Senhora ficou sepultada debaixo da neve.”

Tonino Guerra, O livro das igrejas abandonadas, Assírio & Alvim, 1997.
A foto é do tio Jubas. Não é uma igreja, mas não interessa. É bonita.

6 da manhã

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6 da manhã. Isto é hora para uma pessoa se deitar, não para levantar! A não ser que seja obrigada. Que não foi o meu caso hoje. Acordei por obra e graça sabe-se lá de quê e agora, que sou balzaquiana, quando acordo já não consigo voltar a dormir. Portanto, pensei eu, boa oportunidade para chegar cedo ao trabalho e fazer coisas importantes do tipo actualizar o blog, imprimir os documentos que o pai pediu, arrumar a secretária, enfim, um mar de possibilidades. Mas não. Se quando me levanto às 8 tenho meia-hora para engonhar, a levantar-me às 6, valha-me deus, é o engonhanço perfeito. E assim, depois de três ou quatro sudokus, xixi do cão, café e cigarro, temos todo o tempo do mundo para escolher a roupa do dia, coisa que normalmente tem que ser feita em 10 minutos. Pior a emenda que o soneto, como é óbvio, porque quando não há tempo vai o que aparece e normalmente resulta bem, quando há tempo experimentam-se mil possibilidades até se esgotar o tempo e acaba-se com uma misturada de tudo o que se experimentou e que não tem nada a ver com a ideia original. Resultado, estou uma mistura de urubu com tia velha, com os sapatos de Espanha que às 8 da manhã calçam como uma luva e à tarde transformam-se nuns torniquetes.
Adiante, que isto já vai longo e tudo o que é demais enjoa. Lá melhorei de humor durante o trajecto, porque o carro vai na estrada mas a imaginação vai à solta. E, felizmente, ainda vou tendo bons incentivos ao optimismo. Um deles vem já a seguir.

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

casa-contentor

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E também gosto disto... Pelo menos acabavam as maisons com fenetres e azulejos com ramagens. E acabava a especulação imobiliária, que está tudo pela hora da morte...
http://www.containercity.com/

Hoje...

Eu sou uma pessoa optimista por natureza. Mas há dias... O que me chateia é já alguém ter editado um livro com um título que é a minha cara: Viver todos os dias cansa, do Pedro Paixão. Devemos ser almas gémeas. Também não me parece bem que se apropriem indevidamente daquele título: já vi um blog com este nome. A não ser que seja do Pedro Paixão himself, e aí as minhas desculpas. Mas duvido.
Para compensar, recebi um friend request, e isso é uma coisa que não se deve desprezar. Ainda que na prática a coisa seja uma estatística, gosto do conceito. Já atentaram bem na expressão? Friend request. Ou seja, há alguém que pede para ser nosso amigo! Não é lindo? Eu cá gosto.

Tia ingrata

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Pois, mas quando eu não estou em casa é isto...

terça-feira, 14 de novembro de 2006

A Mãe

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A nossa santa mãezinha, que deus nosso senhor a conserve, é um marco na nossa vida. No meu caso (e inevitavelmente da pequenina), é mais que um marco. É um martelo-pilão. Este escrito é-lhe dedicado, não por maldicência - como ela pensaria se o visse - mas por puro orgulho em ter passado 32 anos a ouvir estas pérolas e outras não documentadas e mesmo assim não me ter tornado serial killer.


"Dormentes!"

"Se não fosse eu morriam piolhosas!"

"O cão pede comida porque tem fome!"

"Quem pinta o cabelo não bate bem da bola."

"Quem é magro e transpira à noite é sinal de fraqueza."

"Tampões para mulheres casadas e outros para solteiras."

"O capuccino faz parar a digestão."

"Cores estranhas no cabelo são só para artistas de televisão."

"O pai não pode jantar antes de conduzir porque lhe dá sono."

"Porque é que tens tanta coisa dentro do carro?"

"Quando o mar está cheio de algas é sinal que a praia não tem poluição."

A pequenina

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Para os que inadvertidamente passarem por aqui e repararem, também inadvertidamente, nos recorrentes insultos da pequenina, fiquem desde já a saber que é minha irmã, e esse simples facto explica tudo. Os que têm irmãos mais novos compreendem este post. Os que não têm já ouviram falar do fenómeno. Os que conhecem a pequenina já acenderam uma vela por mim.

AZB

Tenho a dizer, sobre este fim-de-semana que passou, que o Ribatejo me escondeu algumas surpresas. À primeira vista, boas. Exames mais minuciosos podem passar o óbito a esta teoria. Talvez o melhor seja ficarmo-nos pelo exame superficial...

Insone

Nem me lembro desde quando
Tenho esta diária e permanente dor.
Sei que és a aurora mítica
Da essência e da mudança de cada dia
E da utopia de trocar tudo pelo toque da tua pele.
Há um ponto no infinito
Para onde a viagem prossegue
Onde o eco repete com insistência
A história de um amor que se conta diariamente.
Nesta noite, a voz e o som do cravo
Levam-me para a Roma ocre e antiga
Onde a luz se infiltra na eternidade da pedra
E ouço-te lá pousada num canto silente.
Era daí que não queria regressar.

Autor anónimo para o geral, conhecido meu em particular. E não, não sou eu.

Bem...

A pequenina vai ter que me arranjar isto, que eu não tenho paciência e vou almoçar.
Até já.