quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

É tão bom ter amigos

Hoje um amigo meu fez um texto para um amigo dar a nova namorada. Quando me pediu opinião sobre a prosa, eu respondi "Lamechas!". Mas vá, compreende-se que o seja, atendendo ao contexto. Já se o texto fosse para mim, o meu amigo escreveria o que depois me enviou e que aqui transcrevo:
“Hoje apetecia-me um banho quente pela manhã e não tinha gás, hoje apetecia-me vir sentado direito no carro mas não consegui porque ainda me dói o rabo dos 300km que me obrigaste a fazer na bicicleta, hoje apetecia-me vir mais leve mas tive de trazer sobretudo e cachecol porque me constipei nos últimos 100km que foram à chuva, hoje apetecia-me ter falado contigo quando cheguei mas depois lembrei-me que tu só chegarias 3 horas depois, hoje apetecia-me convidar-te para um cinema mas depois lembrei-me que irias aceitar mas dificilmente te lembrarias de ires, hoje apetecia-me um café calmo contigo mas depois lembrei-me que a palavra calma não consta no teu dicionário, hoje apetecia-me dizer-te uma série de coisas mas como não tenho a certeza como se escrevem ou como se põem as virgulas não o fiz. Em resumo hoje apetecia-me imenso ver-te porque tenho saudades tuas, mas provavelmente achas saudades uma pinderiquice e se me visses ainda me davas uma cabeçada, por isso, olha, tem um dia agradável e que o sol não te faça dores de cabeça."
Só tenho a apontar uma ou duas coisinhas, a saber: 300 km é exagero. Lá chegaremos, tudo a seu tempo. Chegar três horas depois também é exagero, não tenho a culpa que vás trabalhar às 7 da manhã. O resto está certo. Muito melhor que a cena lamechas e muito mais honesto. Obrigada.

4 comentários:

Anónimo disse...

bem muito original embora recheado de contratempos bem no fundo a vida e assim mesmo um contratempo

Anónimo disse...

ainda bem que não puseste o mail do dia seguinte, embora também fosse lamechas, em parte, naquela parte do bom dia, apartir daí já não era...

Anónimo disse...

Pois é, pelo texto que li, vejo que continuas nessa boa forma avassaladoramente louca, sem travões, possivelmente às gargalhadas de muitos decibeis! E como isso é bom, não é? Desejo apenas que as sombras que por vezes te assolam não se tornem trevas. Que a tua luz permaneça e ilumine. Sempre. Sempre contigo, estou por aqui/aí.

grego disse...

mas tu lá tens amigos? batata!...